
Brasil-Palestina-Gaza- Ajuda Humanitária. “Global Sumud Flotilha”
A primeira saída é domingo (31/08) de Barcelona, na Espanha. Outras serão na quinta-feira (04/09) de Túnis, na Tunísia, e locais que ainda não foram divulgados. Jornalista brasileira a caminho de Gaza [Entrevista- Mariana Conti].
Nova missão humanitária sai domingo (31/08) para quebrar o cerco de Israel; Neste texto, tudo que os palestinos me ensinaram sobre jornalismo, coragem e humanidade.
Giovanna Vial Barcelona / Opera Mundi
Mariana Conti
Nos últimos 694 dias, assistimos a implementação da estratégia de dizimação do povo palestino.
Bombardeios; deslocamentos forçados; doenças; fabricação da fome; expulsões; expropriações; prisões; torturas; assentamentos. Ataques deliberados, milimetricamente articulados contra a população civil, infraestruturas hospitalares, escolas, corredores humanitários, tendas de deslocados internos, filas de distribuição de alimentos, jornalistas, médicos, trabalhadores humanitários, crianças.
Através das nossas telas — diretamente das salas de televisão, do metrô para o trabalho, do fim de semana na praia com a família — testemunhamos a violência sendo cometida contra o povo e a terra palestina em todas as suas esferas e dimensões.
Raphael Lemkin
Os perpetradores são aqueles para quem o crime de genocídio foi implementado no corpo jurídico internacional, depois de cuidadosamente articulado pelo jurista Raphael Lemkin no pós-Holocausto.
Genocídio: atos que têm a intenção de destruir, em parte ou o todo de um grupo por suas características étnicas, religiosas, raciais.
É difícil imaginar que um povo que foi vítima de um genocídio se torne perpetrador de um outro. É claro que todos nós nos lembramos de Auschwitz.
1- Mas será que também nos lembraremos de Tantura, Der Yassin, Sabra and Chatila, Cidade de Gaza, Rafah?
2-Será que nos lembraremos dos pais palestinos segurando os corpos mutilados de seus filhos?
3- Das senhoras palestinas que desmaiam e definham sob o sol de 40 graus do Levante consumidas pela fome?
4- Dos bebês palestinos com a pele em carne viva porque não há fraldas em Gaza?
5- Das mães palestinas que cavam a terra em busca de restos de farinha para ter algo com que alimentar seus filhos?
6- Das dezenas de milhares de corpos palestinos que, assim como suas oliveiras, foram arrancados da terra e queimados vivos por seus colonizadores?
No último ano, vivi e trabalhei como jornalista em um Líbano também atravessado pela máquina de morte israelense, em uma região marcada pelo luto, honra, dor e trauma dos palestinos.
Ali, os refugiados palestinos enfrentam restrições severas: vivem em campos superlotados, não têm o direito de possuir propriedades e são legalmente impedidos de exercer 39 profissões — incluindo medicina, direito e engenharia.
Estar tão próxima da desumanização dos palestinos — um fenômeno que Israel transforma com maestria em transfronteiriço, contagioso, disseminado — me fez abraçar o ativismo como parte da minha profissão ainda que, em tempos de genocídio, declarar-se ativista possa nos custar a reputação, emprego e, em última instância, a vida.
Jornalista e Ativista
Ao me preparar, como jornalista e ativista, para embarcar na Flotilha da Liberdade — uma missão que reúne pessoas de todo o mundo e que navega pelo mar Mediterrâneo com o objetivo de romper o cerco ilegal imposto a Gaza, criando um corredor humanitário — também me preparo para enfrentar acusações semelhantes às que já foram dirigidas ao ativista e internacionalista Thiago Ávila, que integrou a missão anteriormente.
Quando se trata dos direitos de povos racializados, inúteis aos olhos do capital, levantar o tom e cobrar autoridades é rotulado como estupidez, chilique, radicalismo.
Talvez porque, na lógica do capital, as pessoas em nome de quem se protesta — os palestinos — simplesmente não têm nada a oferecer em troca. E em um mundo onde absolutamente tudo é transacional e tem um preço, onde absolutamente todas as relações e ações são medidas em custo-benefício, agir em favor de quem não pode retribuir é primeiro taxado de loucura e, depois, de terrorismo.
Falar do que está acontecendo em Gaza e, por consequência, de tudo que abraça o tema — as missões da Flotilha não são exceção — se tornou indigesto, obsceno, ofensivo, radical. E se indignar com o genocídio de uma população civil enclausurada, faminta, enlutada, é ainda menos permitido se você é jornalista, já que a profissão é supostamente regida pela imparcialidade.
Como se os jornalistas não estivessem no centro gravitacional de alguns dos maiores desafios da humanidade: nomear violências; escancarar injustiças; insurgir contra o poder e os privilégios; impulsionar mudanças sociais ao jogar luz em temas que são de interesse público.
Jornalistas não são juízes de placar – sobretudo quando o que está em campo é uma máquina de colonialismo de povoamento que opera pela extração e pelo lucro às custas da expulsão de sua população indígena — um processo viabilizado pelo setor corporativo do Ocidente.
No seu último relatório, intitulado Da economia da ocupação à economia do genocídio, a Relatora Especial da ONU Francesca Albanese — que tive o prazer de conhecer pessoalmente em Sarajevo, em julho deste ano — explica o papel das entidades corporativas na sustentação da ocupação ilegal de Israel e de sua atual campanha genocida em Gaza.
Essas empresas — de plataformas de viagem ao agronegócio; do setor de energia às seguradoras; das big techs às universidades — não apenas permitem que a ocupação continue viva e ativa, mas também a financiam e lucram com ela.
Mídia Hegemônica
A mídia hegemônica ocidental não fica de fora dessa lógica, já que é o reflexo do liberalismo ocidental em si mesmo: tão hipócrita, e o seu compromisso moral com a liberdade humana tão inexistente, que ao primeiro indício de consciência e resistência contra as políticas imperialistas de dominação de povos racializados — indígenas, pretos, árabes, muçulmanos — se silencia, se torna cúmplice, ou pior: chama o oprimido de opressor.
Como fiéis escudeiros do marco civilizatório ocidental, jornalistas e grandes conglomerados midiáticos seguem o ritual sugerido: as narrativas do oprimido são mutadas — e, em alguns casos, combatidas — pelo bem da civilização. Um palestino a mais ou a menos não fará diferença.
Sob a carapuça da imparcialidade dessa mídia se esconde, na verdade, o mau-caratismo, o cinismo, a miséria humana.
Diante do primeiro genocídio ao vivo e em alta definição da história, os tais “jornalistas imparciais” escolhem usar a voz passiva para descrever as bombas que caem sobre Gaza — como se estas caíssem sozinhas, diretamente dos céus. E, como a criatividade do jornalismo brasileiro nos provou, escolhem também desviar das pernas palestinas amputadas sem anestesia; das crianças palestinas que seguram os calçados de seus pais, cujos corpos não podem encontrar; para, então, jogar a câmera nos kitesurfers das praias de Tel Aviv.
Os esforços em nos tornar apáticos, anódinos e apolíticos vêm de todos os lados. A mídia global — e a brasileira não é exceção — mergulha numa escuridão profunda e suas mãos nos puxam como polvos famintos.
Esquizofrênicos de espírito, eles nos olham como se os anômalos fôssemos nós.
Genocídio Palestino
Optar por não falar do genocídio palestino, por não publicizá-lo, é um privilégio de quem não o vive. Aos mais de 250 jornalistas mortos pelas forças israelenses em Gaza, foi impossível escolher não vê-lo, relativizá-lo, ou não falar de suas mortes, de seus culpados, da fome como uma de suas armas.
Assassinados
Fatima Hassoun, Anas al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal, Hamza Dahdouh, Hossam Shabat, Ismail Abu Hatab, Ahmed al-Louh, Mariam Abu Dagga, Mohammed Salama, Moaz Abu Taha, Ahmed Abu Aziz.
Esses são alguns dos nomes de colegas de profissão que morreram em Gaza, o lugar mais letal do mundo para jornalistas — sim, mais do que na Primeira e Segunda Guerras Mundiais, nas invasões do Iraque e do Afeganistão, ou ainda nas guerras do Vietnã e da Ucrânia.
Mas também aqueles que permanecem vivos, contra todas as probabilidades, e que, a cada vez que saem com seus microfones e câmeras nas mãos pelos escombros, fazem o que a fotojornalista Fatima Hassoun chamou de “colocar a alma na mão e andar”: Wissam Nassar, Saher Alghorra, Bisan Owda, Haneen Salem, Sara Awad, Yousef Zanoun, Ibrahim Zanoun, Ahmed Abdel.
A estes jornalistas, as vozes de Gaza e da luta do povo palestino — a extensão da luta decolonial para a atualidade, a luta das lutas, a luta de nosso tempo — estendo a minha gratidão pela lição de jornalismo, coragem e humanidade. Enquanto houver ao menos um deles de pé em Gaza, eu embarcarei em direção ao enclave quantas vezes forem necessárias.
Anas al-Sharif
“Eu vos confio a Palestina — a joia na coroa do mundo muçulmano, o pulsar de cada pessoa livre neste mundo. Eu vos confio seu povo, suas crianças inocentes e injustiçadas, que nunca tiveram tempo de sonhar ou viver em segurança e paz. Seus corpos puros foram esmagados sob milhares de toneladas de bombas e mísseis israelenses, dilacerados e espalhados pelos muros. Exorto-vos a não deixar que correntes silenciem sua voz, nem que fronteiras os contenham. Sejam pontes para a libertação da terra e de seu povo, até que o sol da dignidade e da liberdade se erga sobre nossa pátria roubada”.
Últimas palavras de Anas al-Sharif, jornalista da Al Jazeera morto por Israel em Gaza em agosto de 2025
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‘Integrar a Flotilha é obrigação moral e política’
Tabitha Ramalho São Paulo / Opera Mundi
A vereadora de Campinas, São Paulo, Mariana Conti (PSOL), integrará a Flotilha da Liberdade, ao lado do ativista Thiago Ávila e de outros 11 ativistas brasileiros.
“É preciso multiplicar as ações de solidariedade para aprofundar a pressão pelo fim da limpeza étnica que Israel está implementando e ampliar todas as formas possíveis de apoio à causa palestina”, disse a Opera Mundi.
Essa nova embarcação ocorre após, em junho, o Exército de Israel interceptar e prender os integrantes do barco Madleen, que contou com Greta Thunberg e o brasileiro Ávila.
Agora, é esperado um contingente de mais de 40 barcos com o intuito de quebrar o cerco israelense e criar um corredor humanitário para enclave palestino.
“Continuar com as embarcações significa reconhecer que o cerco que Israel vem promovendo em Gaza precisa ser quebrado imediatamente. É importante lembrar que a ocupação ilegal e o cerco que Israel promove contra Gaza não é de hoje”, afirmou.
É previsto que as embarcações cheguem à Faixa de Gaza em 13 de setembro. A primeira saída é neste domingo (31/08) de Barcelona, na Espanha. Outras serão na quinta-feira (04/09) de Túnis, na Tunísia, e locais que ainda não foram divulgados.
ENTREVISTA
Opera Mundi com Mariana Conti
Opera Mundi: como você se aproximou para embarcar nesta flotilha. Essa é sua primeira vez participando da embarcação?
Mariana Conti: Acompanho e me solidarizo com a luta dos palestinos pelo direito de autodeterminação e por um Estado próprio desde que me reconheço militante.
O meu compromisso é com as lutas anticoloniais e contra todas as formas de exploração e de opressão. Por isso acredito ser essencial, como militante socialista e figura pública vereadora pelo PSOL, colocar a minha plataforma política a serviço da denúncia do massacre televisionado que ocorre em Gaza e fortalecer a luta internacionalista pela Palestina livre e soberana.
É preciso multiplicar as ações de solidariedade para aprofundar a pressão pelo fim da limpeza étnica que Israel está implementando e ampliar todas as formas possíveis de apoio à causa palestina. Por isso, quando vi o chamado de Thiago Ávila em suas redes sociais para nova Flotilha, me senti na obrigação moral e política de ser parte da experiência, me somando ativamente entre aqueles e aquelas que exigem o fim do cerco, do avanço imperialista de Israel que deseja anexar Gaza e a Cisjordânia, o imediato cessar fogo e a abertura urgente do corredor humanitário para levar ajuda à Gaza.
Em junho, uma das embarcações, na qual estava Thiago Ávila, foi interceptada pelo Exército israelense. Agora, essa flotilha será maior. Como você avalia a importância de dar continuidade às embarcações rumo a Gaza?
Continuar com as embarcações significa reconhecer que o cerco que Israel vem promovendo em Gaza precisa ser quebrado imediatamente. O cerco, que foi intensificado durante o genocídio, é responsável por levar palestinos à morte por inanição, por exemplo. Tal situação, infelizmente, segue sendo tolerada pelos principais governos e Estados do mundo, mas suscita ao mesmo tempo uma grande onda de solidariedade dos povos de todo o mundo, como expressa essa missão humanitária da Flotilha.
Opera Mundi:
Nessas novas embarcações há presença de personalidades conhecidas, como atores e parlamentares. Como que foi juntar essas personalidades para pressionar Israel? Nesse sentido, como vocês avaliam qual será a recepção de Israel, já que tem pessoas influentes, tanto do mundo da cultura e da política?
Mariana Conti:
A coordenação internacional da Flotilha sempre fez este trabalho de buscar o apoio do maior número de pessoas possível, e isso inclui sensibilizar e aproximar figuras importantes da política, obviamente, mas também do mundo da cultura e das artes em geral. Flotilhas anteriores já contaram com presenças importantes de parlamentares e artistas. Inclusive na flotilha em que o barco Madleen foi ilegalmente sequestrado, estava também a eurodeputada francesa Rima Hassan, que ficou ilegalmente detida em Israel, assim como Thiago Ávila e tantos outros. A diferença é que, agora, a Global Sumud Flotilla está realizando um esforço internacional de solidariedade inédito, com mais de 300 pessoas envolvidas e 44 países representados.
Entre todo este contingente, encontram-se parlamentares, eurodeputados, artistas e influenciadores de esquerda. E isso é fundamental para ampliar o alcance da iniciativa e dar mais força política e de comunicação à flotilha. Mas o simples fato de serem mais de 40 embarcações e centenas de pessoas já torna a Global Sumud Flotilla um problema gigantesco para Israel, do ponto de vista de como lidar com este movimento. Interceptar um, dois ou três barcos chegando a Gaza é uma coisa. Sequestrar 40 barcos ou mais já se torna uma operação muito mais complexa, tanto do ponto de vista militar, quanto do ponto de vista político e da repercussão que isso pode gerar. Mas é claro que, do regime sionista, podemos esperar absolutamente tudo.
E trabalhamos, sim, com cenários em que embarcações possam ser embargadas burocraticamente nos portos e sequer ter autorização para zarpar – como já ocorreu antes -, cenários de ataque violento, como também já houve, e cenários de sequestros ilegais dos barcos. Mas nosso objetivo, e o cenário pelo qual lutamos, é a chegada em Gaza e a abertura de um corredor humanitário. Esse é o sentido desta ação internacional não violenta e é por este objetivo que lutaremos até o final.
Opera Mundi:
Quais são os itens que vocês estão levando ao povo palestino? Gostaríamos também de entender, se for possível, qual será o percurso e o tempo de estimativa para tentar quebrar o cerco de Israel?
A flotilha leva alimentos, mantimentos básicos, medicamentos, fórmulas infantis e próteses. São itens essenciais de sobrevivência, que são negados diariamente por Israel à população de Gaza.
Mariana Conti:
A única ajuda “humanitária” que o regime sionista permite na Faixa de Gaza é aquela comandada por uma organização obscura chamada Fundação Humanitária de Gaza, criada por ex-militares e agências de inteligência dos Estados Unidos e de Israel, e cuja especialidade vem sendo massacrar palestinos que se amontoam em filas desesperadoras em busca de comida. É preciso denunciar a ação desta organização sinistra e abrir um verdadeiro corredor humanitário em Gaza, para levar aos palestinos um sinal de esperança de que o auxílio humanitário não cessará e, ao mundo, uma mensagem potente de que, quando governos e governantes falham em fazer a sua parte, a solidariedade internacional ativa faz a diferença.
Sobre o percurso, a previsão é saírem dezenas de embarcações de Barcelona no dia 31 de agosto e, alguns dias depois, paramos na Itália e na Tunísia para nos juntarmos a mais barcos. A estimativa é que ainda na primeira quinzena de setembro possamos chegar a Gaza.
Opera Mundi:
Após a interceptação da Flotilha em junho, como a missão está avaliando uma possível nova interceptação? Existe um protocolo claro para todos os participantes?
Mariana Conti:
Acreditamos que é muito possível que Israel mais uma vez intercepte os barcos e prenda os ativistas e militantes presentes neles. Na verdade, é muito lamentável toda essa situação, e obviamente ficamos receosos com essa perspectiva, pois sabemos da crueldade do governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu: é só acompanhar todas as barbaridades e atrocidades que eles têm cometido contra a população em Gaza para ver do que são capazes.
É por conta da política criminosa e genocida do cerco que existe a missão pacifista Global Sumud Flotilha de ajuda humanitária. No entanto, mesmo assim, acreditamos que a missão é fundamental, para a denúncia mundial da situação de Gaza e da cumplicidade dos governos – especialmente dos Estados Unidos e Europa que financiam com armas, tecnologias e orçamento o Estado de Israel – quanto para levar ajuda aos palestinos que se encontram em situação de fome e desnutrição.
Todos nós, que estaremos nas embarcações, passamos por um rigoroso treinamento em Barcelona, voltado a práticas não violentas, comunicação não violenta e linguagem corporal não violenta. Estamos muito bem orientados sobre o que fazer e como agir em caso de interceptação, sempre tendo como linha de ação a não violência. Se houver qualquer agressão e violência, será da parte de Israel, não da flotilha.
Opera Mundi:
Há outros brasileiros participando dessa missão. Como você avalia a importância de ter representantes do Brasil na Flotilha?
Mariana Conti:
São mais de 20 ativistas brasileiros integrando a missão global. Contar com representantes brasileiros demonstra que enfrentar o genocídio é uma responsabilidade das pessoas de todo o mundo, inclusive o Brasil, que carrega uma longa história de enfrentamento anticolonial. Dessa forma, segue sendo essencial pressionar o governo para romper definitivamente todas as relações econômicas, diplomáticas e etc. com Israel.
Opera Mundi:
Qual sua visão em relação a intensificação do Estado de Israel contra Gaza no momento atual? Quais os caminhos que podem ser tomados para acabar com o conflito?
Mariana Conti:
A intensificação representa no atual estágio do genocídio a tentativa de Israel levar às últimas consequências a já defendida “solução final”, que na prática significaria a aniquilação total do que ainda restou de vidas palestinas em Gaza, seguido ao saque capitalista completo do território. Mas essa tentativa de levar o genocídio às últimas consequências tem levantado resistência entre os povos de todo o mundo, inclusive entre os israelenses, que recentemente fizeram grandes manifestações contra a decisão de Netanyahu levar adiante o massacre.
Os caminhos possíveis para o fim do conflito são difíceis de imaginar, mas, sem dúvida, passam pela solidariedade e pressão popular dos povos de todo o mundo, os únicos que mesmo a despeito de governos e Estados coniventes com o genocídio, podem se levantar contra a barbárie colonialista, levar ao isolamento total de Israel, e defender a dignidade humana de todos os povos oprimidos.
Mariana Conti / @freedomflotillabr Instagram
PS do Colaborador:
Fotoarte: “Gaza!SOS!Gaza!”
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