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Israel perdeu a guerra em Gaza. A análise é assinada por David Rees, advogado, ex-ativista de direitos civis nos Estados Unidos e atual residente em Israel. Principais pontos da análise.
David Rees* / Redação Brasil 247
Nos últimos dias, um artigo publicado originalmente no The Times of Israel levantou uma questão polêmica: teria Israel perdido sua primeira guerra contra o Hamas?
A análise é assinada por David Rees, um advogado, ex-ativista de direitos civis nos Estados Unidos e atual residente em Israel, que dedicou grande parte de sua vida a causas públicas e a estudos geopolíticos.
Segundo ele, a recente trégua firmada com o Hamas representa uma derrota estratégica para o governo israelense, com impactos profundos na opinião pública mundial.
David Rees
Rees construiu a argumentação em torno de diversos pontos, enfatizando que Israel teria perdido apoio internacional, algo que pode se agravar após as imagens de destruição em Gaza e as críticas recorrentes em fóruns diplomáticos. Para o especialista, a pressão global sobre a condução do conflito acabou desgastando a reputação de Israel, abrindo espaço para a narrativa de que as ações militares foram desproporcionais.
“O Hamas conseguiu virar a opinião mundial contra Israel”, diz ele em seu texto, lembrando que, enquanto a guerra se desenrolava, grande parte da comunidade internacional clamava por um cessar-fogo imediato.
Principais pontos da análise
- Inversão da opinião pública Segundo Rees, a forma como o conflito foi conduzido abalou o apoio que Israel historicamente encontrava em vários países. Ele destaca que “o Hamas conseguiu provar que é lucrativo tomar reféns, pois negociou a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca de apenas uma fração dos reféns mantidos em Gaza”.
- Danos à economia israelense O autor salienta o impacto econômico: os custos da guerra elevaram a dívida nacional de Israel e prejudicaram sensivelmente a atividade econômica do país, estimada, conforme ele aponta, em uma redução de 20% durante o conflito.
- Enfraquecimento militar Embora Israel tenha neutralizado vários membros do Hamas, Rees destaca que a organização está em processo de reconstruir seu braço armado, o que manteria o país em alerta permanente. “Israel pode ter que enfrentar outro conflito em Gaza novamente em breve”, alerta.
- Risco de novos fronts O texto chama atenção para a aliança que envolve o Irã, os houthis e outros grupos, o que amplia as frentes de preocupação para Israel. O autor recorda que a situação na Cisjordânia (com apoio do Hamas) e a possibilidade de ataques vindos de outros locais aumentam as tensões regionais.
- Perda de prestígio e questionamentos internos Rees também menciona que a aliança política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com facções ultranacionalistas contribuiu para o isolamento diplomático. “O governo se vê criticado não só pela comunidade internacional, mas também internamente, por não cumprir os objetivos de aniquilar o Hamas e trazer estabilidade”, observa.
*Quem é David Rees?
David Rees é advogado e fez Aliyah (termo hebraico para a imigração de judeus à Terra de Israel) após décadas de atuação nos Estados Unidos, onde trabalhou em casos de direitos civis e constitucionais, tendo colaborado com a American Civil Liberties Union (ACLU) e, em algumas ocasiões, argumentado em tribunais de justiça.
Ele presidiu e integrou comissões estaduais ligadas ao Judiciário americano. Paralelamente, envolveu-se em questões ambientais, atuando em processos sobre descarte de resíduos tóxicos e radioativos e participando de conselhos de organizações como a Environmental Defense Fund (EDF).
Segundo Rees, sua decisão de morar em Israel foi motivada pelo sentimento de pertencimento ao país, sobretudo por suas origens familiares de refugiados judeus alemães. Hoje, embora aposentado, segue escrevendo análises e comentários sobre a situação política e social de Israel e do Oriente Médio, trazendo uma perspectiva que combina experiência legal, ativismo e vivência na região.
Na visão de David Rees, o mais preocupante para Israel não é apenas a trégua em si, mas a “perda simbólica” do apoio internacional e a sensação de que o Hamas teria saído fortalecido, mesmo em meio à destruição em Gaza. Ele alerta que, sem propostas inovadoras de solução para o conflito, o ciclo de violência pode se repetir. Com a possibilidade de que o Hamas volte a se armar e que outros grupos regionais intensifiquem suas ações, a estabilidade de Israel enfrenta novos desafios — tanto no front diplomático quanto no militar.
PS do Colaborador:
Fotoarte: “Palestina Meu Amor!”
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